
A atuação das mulheres no universo da Inteligência Artificial
Entre em uma sala repleta de analistas, desenvolvedores, programadores, e você terá certeza de que o universo da tecnologia é mesmo dominado pelos homens.
E os dados não deixam dúvidas: apenas 3% das mulheres afirmam que uma carreira na área de tecnologia é sua primeira escolha, o que acaba se refletindo no mercado: apenas 5% dos cargos de liderança em TI são ocupados por mulheres.
Mas isso não significa que elas tenham menos capacidade de competir neste setor. Confira agora como o poder feminino está transformando a área de tecnologia.
Mais mulheres, maior inclusão
O universo tecnológico ainda está bastante voltado para as necessidades do mercado, desenvolvendo soluções que gerem riqueza e produtividade. Mas com a inserção das mulheres no mercado de tecnologia, esse viés tem mudado.
Usando a Inteligência Artificial (IA), elas também querem apostar em projetos que tenham um viés mais humano e garanta o bem-estar social, evitando desde colisões entre aviões até a higiene correta dos cirurgiões antes de entrarem na sala de cirurgias.
Esses fatos podem ser observados no SAILORS (Programa de verão para a promoção da inteligência artificial da Universidade de Stanford), que reúne meninas do 9o. ano em torno de projetos tecnológicos voltados à melhoraria de vida das pessoas.
Mais transparência, melhores soluções
A inteligência artificial e o machine learning vêm sendo utilizados basicamente na previsibilidade de dados. Contudo, o potencial dessa tecnologia é cada dia maior.
É possível, por exemplo, fomentar a inclusão social por meio de previsibilidade de dados (crescimento da empresa X necessidade de contratações) e criar programas de fomento à educação para grupos historicamente excluídos da sociedade.
Maior investimento, melhor desenvolvimento
Outro programa que fomenta a inclusão feminina no universo da tecnologia é o DIY Girls. Nele, meninas de comunidades carentes, que vivem em lares temporários, são ensinadas a criar soluções usando a tecnologia.
De estruturas de LED alimentadas por energia solar a obras de arte codificadas em linguagem P5.js, elas são estimuladas a colocar em prática seus conhecimentos e contribuírem para o bem-estar das pessoas.
Empresas importantes no cenário tecnológico mundial são apoiadoras do projeto e compreendem a importância de promover a diversidade neste setor, que só tende a crescer nos próximos anos.
Quanto mais estímulo, maior a confiança
Se estimuladas desde cedo a compreenderem o universo tecnológico, as mulheres têm total condição de competir de igual para igual com os homens.
É o que nos mostra Maya Gupta, gerente de pesquisas do Google. Estudante de destaque na área de Engenharia Elétrica e premiada como Jovem Investigadora da Oficina de Investigação Naval 2007, sua missão na gigante das buscas é aumentar a precisão do aprendizado de máquina, oferecendo experiências cada vez mais personalizadas aos usuários.
Fei-Fei Li, cientista-chefe de inteligência artificial e aprendizado de máquina do Google Cloud, é outro exemplo de destaque no universo da tecnologia. Um de seus maiores objetivos é democratizar a inteligência artificial de modo que sirva às necessidades das pessoas.
Sócia-fundadora da Jibo Inc, Cynthia Breazeal, que também é professora do MIT, atua no setor de robótica, tendo enfrentado um mercado ainda mais restrito que o atual, na década de 1990. Seu enfoque está na pesquisa e desenvolvimento de robôs sociais, que possam interagir com os seres humanos nas mais diversas situações, como no trabalho ou no cuidado de pessoas idosas.
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